Inovação de Métodos no Ensino

O ser humano pode aperfeiçoar sempre, basta querer! Afinal, a vida é um aprendizado contínuo, e olhando para trás, podemos refletir sobre as lições de vida e identificamos quando “as fichas caíram”, sejam elas advindas de boas, ótimas ou infelizes ideias. Lembramos inclusive, dos motivos que nos levaram as decisões assertivas ou errôneas e devemos dedicar algum tempo para reflexões sobre acertos e erros. Pois, as experiências que marcaram são as que mais aprendemos.

O filósofo John Dewey, é considerado um dos maiores pedagogos americano e se destacou por suas ideias progressivas sobre novos métodos de aprendizagem. Concluiu seu doutorado em 1884 e foi diretor da Universidade de Chicago. Fundou escolas-laboratório, onde passou uma década com experimentos de suas ideias e criou a doutrina pedagógica do instrumentalismo, que conectava a teoria do conhecimento atrelado à experimentação. Foram tantas experiências, que suas ideias conceituaram a pedagogia moderna que serviram de base para novos modelos de aprendizado, entre eles a metodologia do treinamento experiencial.

Dewey pregava que a maneira mais eficaz de se aprender alguma coisa, era vivenciar as experiências, “literalmente sentir na pele”. Em seguida, refletir a respeito das individuais ou em grupo. Através destas reflexões, transformamos sensações adquiridas através das experiências, em conceitos, que podem ser absorvidos e integrados, tornando-se parte de nós. No futuro, quando nos depararmos com situações semelhantes, faremos conexões entre as experiências novas e os conceitos já existentes (na memória ativa). Então, tomaremos decisões baseadas em conhecimentos adquiridos graças às experiências anteriores, reduzindo os erros e aumentando a assertividade.

Essa teoria comprova o aprendizado efetivo, que não será esquecido, pois passa a fazer parte de nós e proporcionará mudanças na maneira de ver, pensar e tomar novas decisões. Portanto, a qualidade da experiência influencia, e muito, no aprendizado, pois quando assimilados, as pessoas constroem estoques de conhecimentos e sentimentos que serão úteis e podem ser resgatados da memória a favor do aperfeiçoamento do ser humano ao longo da vida.

Infelizmente, por mais que tenhamos vivido experiências, nem sempre aprendemos com elas. Isso é fato, ou jamais cometeríamos o mesmo erro duas vezes ou mais. Portanto, a qualidade, reflexões e comprometimento das pessoas com os resultados das experiências, são determinantes para o sucesso do aprendizado, principalmente nos programas de treinamentos vivenciais.

Felizmente, a taxa de retorno sobre os resultados dos aprendizados com treinamentos vivenciais nas empresas é alta, quando aplicado de maneira correta, que contam com vários exercícios práticos e novos métodos que contribuem com os excelentes resultados na performance individual e da equipe. No link https://www.razaohumana.com.br/depoimentos.php há centenas de depoimentos dos participantes que validam e referenciam a metodologia experiencial ao ar livre, também conhecida como: treinamento ao ar livre, treinamento vivencial, outdoor training, team building vivencial ou (TEAL).

Outros estudiosos da ciência do aprendizado, como o americano Edward C. Lindeman, inspirado em Dewey, também foi um defensor de novas formas de aprendizado, tanto pedagógicos como andragógicos, entre outros.

Como Empreendedora Investi Neste Mercado

Como Consultora e fundadora da Razão Humana, criar programas de desenvolvimento do capital humano para maior capacitação do profissional pós-moderno é meta diária da equipe, que necessita de novos métodos para potencializar tantas adversidades culturais dentro das empresas, advindas de fusões, aquisições. Enfim, do mundo globalizado.

Foi neste cenário que os treinamentos vivenciais auxiliaram no autoconhecimento, na aprendizagem de novos comportamentos, atitudes, e principalmente, colocados em prática o aprendido. Este é o grande diferencial ante aos treinamentos tradicionais.

Ao vivenciar, o indivíduo é capaz de experimentar de antemão todas as sensações que novos comportamentos lhe trazem, podendo transformar a si e as pessoas que os cercam. Em suma, os treinamentos vivenciais, potencializam os indivíduos, fortalecem o trabalho em equipe e devolvem pessoas melhores como seres humanos para o mundo.

Diante dos excelentes resultados que podem gerar esta metodologia, foquei na especialização da mesma, criando em 2001 diversos treinamentos com dinâmicas vivenciais, jogos corporativos e atividades de esporte aventura, que são customizados para o público empresarial. Em especial, desenvolvi o Programa: VOCÊ, a Águia e a Natureza®, com diversos módulos, que venho aplicando para gestores, vendas, equipes operacionais, entre outros.

A inclusão desta técnica lúdica, motivadora e inovadora com atividades vivenciais, que são intercaladas por “Fórum de Debates”, desenvolve ou potencializa nos profissionais habilidades essenciais ao sucesso de uma empresa. Um bom programa de treinamento vivencial deve estimular no time a capacidade de pensar e tomar decisões a partir das vivências e experiências. Afinal, o processo de aprendizagem se ampliará além do treinamento, integrando pensamentos estratégicos, novas ideias, intuição, emoção, técnica, intelecto, tecnologia, bom humor e muito amor no que se faz.

Com a aplicação desta metodologia ao longo destes anos, foram tantos cases e troca de experiências com quase dez mil pessoas, que os excelentes resultados contribuíram com o conteúdo do livro, VOCÊ, a Águia e a Natureza, lançado em 2008 na 20º Bienal Internacional do Livro e 2ª edição em 2009.

No livro abordo a importância do VOCÊ comprometido com diversas competências de um profissional competitivo, potencializando o A.C.H.E (Atitude, Conhecimento, Habilidade e Entusiasmo), das relações entre a Natureza humana, exploro as virtudes da Águia, chamada de “rainha dos ares”. Para concluir apresento o potencial da metodologia experiencial e seus resultados. No link http://www.razaohumana.com.br/livro/1/voce-a-aguia-e-a-natureza consta o release do livro.

Caro leitor, reconheço que o artigo é longo, mas devido a pouca literatura sobre o aprendizado vivencial e sua riquíssima contribuição no desenvolvimento do capital humano, achei oportuno fazer a introdução conceitual acima para referenciar esta metodologia, que é nova no Brasil, menos de duas décadas, e ainda privilegiada nas grandes empresas.

O objetivo do comentário abaixo é disseminar o conceito desta rica ferramenta para empresas de médio e pequeno porte, que também podem inserir a metodologia vivencial com projetos desenvolvidos e viabilizados para elas ou entidades de classe.

 Treinamento Experiencial no Brasil 

No Plano Collor em 1990 as perspectivas dos empresários eram desmotivadoras e infelizmente muitas empresas “fecharam as portas”. Foi nesta época que surgiu a metodologia experiencial no Brasil, a qual foi aderida gradativamente pelas grandes empresas. Devido aos ótimos resultados em uma década, a metodologia já estava consolidada e inclusa como importante ferramenta de T&D/RH.

Como tudo que é inovação, muitas vezes ela passa pelo processo de aprendizado e ajustes. Infelizmente isto ocorreu na inclusão da metodologia vivencial no Brasil, principalmente quanto ao valor cobrado para aplicação da mesma, que no início era muito alto inviabilizando a adesão em muitas empresas.

Lamentavelmente houve um período acentuado de quase “banalização do método”, que ainda existe, mas hoje é bem menor, em que empresas de esporte aventura, algumas agência de eventos e/ou consultorias não especializadas na aplicação da metodologia experiencial competem em preços e “vendem gatos por lebres”. Lamentavelmente, isto ocorre pela falta de conhecimento de alguns gestores de T&D/RH sobre critérios comparativos de avaliação da consultoria para a inclusão da metodologia. Enfim, muitas empresas investiram neste formato e pelos resultados obtidos, reconhecem a importância de ter uma consultoria especializada como parceira que possa oferecer soluções diferenciadas, incluindo a metodologia vivencial no plano anual de T&D/RH, Convenções, Kick Off, Team Building, Workshop, entre outros formatos de eventos empresariais.

Cenários de Oportunidades

Cada vez mais o mundo necessitará de maior capacitação humana e destacará os países que investem na educação e em novos modelos de aprendizagem que acompanham a evolução das gerações dos Baby Boomers, X, Y e Z. Afinal, a competitividade é ferrenha e as organizações continuam ávidas por profissionais cada vez mais qualificados. Eis o desafio do governo do Brasil, seus empreendedores, empresários, gestores de T&D/RH em recrutar, desenvolver, treinar, reter talentos e valorizar o Capital Intelectual e Humano, para gerar melhores resultados, se destacando dos concorrentes.

Eventos como a Copa do Mundo em 2014, Olimpíadas em 2016, Pré-Sal, entre outros, trarão grandes investimentos e oportunidades para o Brasil. Atrelado o cenário otimista do início de comando da Presidenta Dilma Rousseff, que somado aos efeitos promissores da visita do Presidente Barak Obama dos USA, somos a “bola da vez”. Afinal, grandes histórias de sucessos são marcadas por décadas e o Brasil tem tudo para fazer muitos “gols de placa”, deixar sua marca registrada e ser referência para muitos países. Hah! Grandes empreendedores, líderes e pessoas também. Comece agora a escrever a sua!

Ser Águia é voar mais alto. É o símbolo da visão de quem consegue perceber o imperceptível, o invisível, o espiritual…” Helena Ribeiro

Helena Ribeiro é Colunista da Revista Clube de Empreendedores, e esse artigo foi publicado este artigo na Edição de Março de 2011.

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